O calor a chegar...
Este fds apanhei com trinta graus…verdadeiramente…. uns dias de Verão! Aproveitei para recarregar baterias. As últimas semanas foram estafantes e necessitava mesmo de um tempo para mim. O objectivo seria dormir até relativamente tarde mas descobri cedo, que bem cedo começa a nascer aqui o Sol na Primavera/Verão. Cinco da manhã e senti os raios a entrarem insubordinadamente pela minha varanda; calor insuportável; conclusão: fui correr para o parque! Apanhei os primeiros raios na minha cara branca, deslavada, já esquecida dos mesmos raios em terras brazucas! A verdade é que as pessoas aqui levam o calor e o Sol muito a sério…como ele é raro quando resolve aparecer é ver o pessoal todo correr para os parques, com todos os apetrechos para o barbecue, bebidas (cerveja, claro está!) e devido “bikini” para tostar o corpinho todo! A propósito de “bikinis”….fui altamente gozada pela karina porque não trouxe nenhum para a Alemanha! “Você vai passar cá o Verão!!!” retorquiu às gargalhadas…Eu vim para A ALEMANHA!!! Alguém se lembraria de trazer bikinis para a Alemanha?!! Eu não…uma brasileira…é quase como a outra…” com um bikini preto…eu nunca me comprometo!!”!! Hahaha! Bem, voltando aos parques…o pessoal passa-se mesmo! Mas eu acabei por entender…porque eu própria, como se de um ataque de loucura se tratasse corri para o parque atrás de minha casa e lá me estendi a apanhar os primeiros raios de jeito do ano. É sempre aquela máxima…só quando não se tem, é que se dá valor!
“Posso deixar a cidade engolir-me no seu nevoeiro
Posso deixar a Frieza, brevemente, abafar a minha “latinidade”
Não posso esquecer os raios de sol que me atacam na Ehrenstrasse,
Sempre que a percorro, sempre que a atravesso.
Em Manhãs secas, nubladas…
Manhãs quentes ou a pingar chuva desnecessária.
Sinto o cheiro a pão fresco,
Aroma de farinha caseira
O amanhecer que me acompanha
e me faz crescer com a cidade…
Faz a cidade crescer dentro de mim.
A imagem é a do Dom,
como a Eiffel a de Paris,
os Clérigos a do Porto.
Sinto-a, porém, tão viva, tão intensa…
Multicultural, diferente…
Esqueço que permaneço na Bundesland,
Não queria cá voltar.
Viajar, desejar, partir para longe,
Longe deste Mundo rectilíneo!
Perco-me hoje nestas rectas, crio os meus círculos…
Deixo a cidade engolir-me no seu nevoeiro…
Para me reencontrar, para me perder…
Novamente me encontrar…perder-me…
Encontrar-me e viver.”
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