Poderia ser “A casa da Rússia” ou “O Doutor Jivago”, algo bem elevado culturalmente que me fizesse pasmar e dizer…ahhhhhhhh…mas não. Foi mesmo o consulado russo. Eu estive lá! Foi daqueles filmes surreais. Vi-me rodeada de pessoal a deitar cá para fora aqueles “vrosnis…nosdravniezevni…niet” que todos dizem parecer português, para mim continua a ser russo, quase chinês! O meu objectivo era tratar de um visto…não para mim…pena, pensei eu. Para o meu chefe. A abertura era às nove não sem antes sermos presenteados com um espectáculo digno de uma Ex – União Soviética, como se quiséssemos atravessar um muro, dado pelo porteiro velhote que duvido que saiba que o mundo já não é o da Guerra Fria, dos mísseis, dos espiões. Será? Às vezes duvido…enfim, considerações para outro post.
O Homenzinho lá começou a debitar todas as considerações…as quais não entendi obviamente porque eram…em russo, claro está! Dirigi-me ao senhor e questionei-o em alemão. O homenzinho desata-se a rir e continua a disparar tudo em russo a dizer-me qualquer do género…”oh, amiga…se queres ir para a Rússia e não falas russo…eheheh…tas mal aviada! Ai, estás, estás!”. Bem, aqui pensei que a coisa poderia correr para o torto já que se só para entrar já tinha barreiras linguísticas, quando fosse para tratar do dito visto a coisa ía ser mesmo engraçada! A porta lá se abriu, o que estava a ser dito tinha apenas interesse para os russos que queriam tratar das suas papeladas e lá fui na corrente para o segundo piso. Entrei às 9h…saí depois das 13h. Depois de uma hora na fila, com russos a meterem-se à minha frente, com mil questões para tratarem, o homem do guichet a mandá-los para trás e a atender-nos com a sua simpatia extrema, foi-me dito que só poderia levantar o visto após as 12h. Saí de lá depois da uma da tarde com a sensação que não quero voltar a repartições públicas...principalmente na Rússia!!!
Apontamento de uma manhã diferente!
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