Gêtê...ontheblog

13 setembro 2005


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Non, je ne regret rien!!
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Berlim é assim...inovação constante!Fabuloso!
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Sinagoga, Museu Pergamon, Catedral e Museu de Arte Eg�pcia...
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Museu do Judeu...a não perder! Para quem ainda mantém todos aqueles preconceitos sobre o povo alemão e 2 GM...

Uma lição para todos os povos que viveram uma guerra e enterram os seus erros, os seus pecados...está tudo ali, a história do povo judeu na Alemanha, as discrimanções, a sua importância económica na sociedade alemã, os horrores da guerra, a esperança num futuro sem mágoas, num futuro melhor...

Uma lição para nós...quantos de nós sabem exactamente o que foi a guerra colonial? O que foi a ditadura? O que se viveu? O que era a PIDE? Em Colónia existe uma casa museu da Gestapo...tudo conservado, as paredes escritas com desabafos finais, o sangue quase apagado...mas está tudo lá! O meu pai emocionou-se porque se lembrou dos mesmos calabouços da PIDE...e por isso irrita-me quando ouço algumas vozes lembrar saudosamente "que no tempo do Salazar é que era..." não havia disto, não havia daquilo! Não havia o quê?!?!?! NÃO HAVIA LIBERDADE!! E apesar de não ter vivido nessa época, não ter sofrido na pele a ausência dessa Liberdade ouço o que os mais velhos me contam...para aprender e evoluir! Na Alemanha, ao contrário do que se pensa, nada está esquecido...tudo se lembra!
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A História com um Mundo novo pela frente...Berlim!
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Três jeitosas no Reichtag...


Brandenburg Tor...

12 setembro 2005

Manusca e os seus intercâmbios! :)

Como justificar tamanha ausência? Como explicar que tanto se tenha para escrever, contar, pensar…e nada se tenha feito? Como posso eu reduzir num simples texto os últimos acontecimentos da minha vida? Não posso…e por isso…as mais sinceras desculpas aos que seguem por aqui as minhas pisadas em Köln. Uns por curiosidade, outros por amizade, enfim…não mereciam tamanha desconsideração! Porém a vida é mesmo assim…e umas vezes por falta de tempo, outras por excesso de ressaca, outras por não ter mesmo palavras e, confesso, paciência ou humor afastei-me da escrita…dei-me a outros mundos. Mas estou de volta…como sempre! A escrita é sempre o meu refúgio, aquela casa com lareira e chá de menta à minha espera para me aconchegar. Volto sem saber muito bem para dizer o quê…ou como dizê-lo. Vou começar por ser descritiva…o mês passado teve de tudo; momentos bons, menos bons, de forte presença, ausência, tudo. E ao mesmo tempo aquele irritante voar do tempo…não acredito que já passou tanto tempo.

Tive a visita da minha mana João por alturas da visita do Papa aqui em Colónia; foi muito bom tê-la aqui, conhecer um pouco da minha vida, os meus amigos e apesar de esta se ter dedicado ao seu mundo jesuíta foi mesmo bom dar risadas e relembrarmos bons velhos tempos. Para quem me conhece sabe que tenho uma relação “peculiar” com a igreja católica…aos que me fizeram a pergunta várias vezes…não, não vi o Papa. Saí do trabalho e fui para casa relaxar numa cidade em polvorosa com jovens que sinceramente nunca cheguei a perceber se sabem para o que vêm, se vivem mesmo a religião, se vêm para “curtir” com o pessoal. Sou crente mas muito descrente nesta igreja, neste modo de viver a religião. Acredito no bem, no praticar o bem…o resto…deixa-me sempre muitas dúvidas.

A segunda visita dos pais com a kiki foi óptima e deu para matar todas aquelas saudades acumuladas, para falar da nova época do FCP, para visitar a magnífica Berlim e no final dizer um “até breve”…não custou tanto, mas custa sempre. Assisti ainda à partida chorosa da Karina, a única brasileira que conheço a amar a Alemanha e ficar com uma sensação de vazio. A Karina apareceu-me naquele momento de solidão máxima, no tal Internet café…e nem imaginei que a borga fosse tanta a partir daí. É o problema de se viver fora…há sempre pessoas a ir, chegar, um dar, um receber que quando olhamos para trás não resistimos a uma certa melancolia. Para tudo há o reverso da medalha… De modo que cheguei ao fim do mês estranha, confusa…quero ficar, quero partir…sinto-me bem, sinto-me anestesiada…hmmm…não sei. Paralelamente a tudo isto mantenho a minha vida aqui em Colónia…saídas…jantares…conhecer novas pessoas.

De qualquer forma, tive um último encontro com a mana João que foi deveras revigorante…e só posso dizer que “a gente desceu no morro” e foi até não poder mais…

Como vos disse não sei muito bem o que dizer…não estou para grandes contemplações…deixo algumas fotos…alguns pensamentos….mais tarde voltarei…

Bis Bald.